Porco Bísaro
O porco bísaro, ou de raça bísara, que existe na região de Vinhais é originário do tronco céltico e pertence a duas variedades:
- Galega
- Beirôa
Os porcos bísaros podem caracterizar-se como sendo animais grandes, com orelhas compridas e pendentes, garupa estreita descaída e pouco musculada.
São animais de temperamento dócil, vagarosos e com movimentos pouco graciosos. Os porcos bísaros têm elevada prolificidade, com ninhadas que podem atingir os vinte leitões.
O porco de raça bísara tem uma carcaça em que a proporção de músculo é maior que a de gordura, obtendo-se assim uma carne magra, pouco atoucinhada e muito entremeada. Trata-se de uma carne ideal para produzir fumeiro de alta qualidade: aqui encontra-se a razão da fama que o fumeiro de Vinhais alcançou em muitas partes do mundo!
O sabor da carne do porco bísaro é ainda melhorado com a alimentação rica e variada à base dos produtos naturais da Terra Fria Transmontana:
- Batatas
- Abóboras
- Cereais
- Castanhas
Fumeiro de Vinhais - Nota Explicativa
São os porcos de raça bísara que dão origem ao excelente fumeiro regional, o “Salpicão de Vinhais” e a “Chouriça de Carne de Vinhais”, produtos com Indicação Geográfica Protegida (IGP).
Para garantir a genuidade e qualidade do produto, existe a Tradição e Qualidade, que é a entidade que controla e fiscaliza todo o processo de fabrico, desde a produção dos animais até ao abate e, finalmente, o controlo e certificação nas unidades de transformação.
Um aspecto particular no fabrico do fumeiro regional de Vinhais é a matéria-prima utilizada, que tem de ser obtida a partir da desmancha de porcos de raça bísara. O porco bísaro tem uma carcaça cuja proporção de músculo é maior que a de gordura, obtendo-se assim uma carne pouco atoucinhada mas muito entremeada, cujo sabor é melhorado pela alimentação baseada em produtos naturais da região transmontana. O abate dos porcos nunca pode ser efectuado com menos de um ano de idade.
Visto tratar-se de processos de produção tradicionais, são significativamente mais caros que os alternativos, sendo necessária a sua valorização. A certificação permite salvaguardar os interesses quer dos produtores e transformadores, quer dos consumidores aos quais garante a genuidade dos produtos que estão a adquirir.